Parfin Insights

O Real Digital vem aí. Saiba quais são os grandes benefícios e desafios para as instituições

Data: 13/03/2023

Com a criação do Real Digital, o Brasil se prepara para ingressar em uma era onde o dinheiro pode ser programável. E isso irá gerar várias inovações não só no mercado financeiro, mas também na economia real. 

O projeto da CBDC (Moeda Digital de Banco Central, em inglês) brasileira, enfim, está prestes a se tornar realidade. No último dia 6, o Banco Central anunciou a chegada da fase de testes do Real Digital (versão tokenizada da moeda oficial brasileira), com a expectativa de implementação definitiva daqui a cerca de um ano, ao fim da fase de desenvolvimento – prevista para fevereiro de 2024. 

Segundo o planejamento, a CBDC irá atender operações de atacado, com participação direta das principais instituições financeiras. Para o uso da população em geral, os bancos deverão emitir real tokenizado que estará atrelado ao lastro do Real Digital no sistema de atacado. 

De acordo com o BC, vários países enxergam nas CBDCs a oportunidade de fomentar a competição e a inclusão financeira para uma população não atendida por serviços bancários – por isso, a necessidade de criar sistemas digitais de pagamentos e serviços financeiros, e implementar junto às camadas mais vulneráveis da população.

Com essa novidade anunciada no mercado financeiro, as primeiras dúvidas giram em torno dos desafios (e também das oportunidades!) que as instituições terão pela frente para operacionalizar e incorporar a proposta inovadora do Banco Central.
E a Parfin explica para você quais são os principais ganhos e onde estão os pontos de atenção de um projeto que vai revolucionar o sistema financeiro do país.

Veja a análise técnica e mercadológica que o nosso CDO, CH Lopes, fez sobre a chegada do Real Digital. 

Os principais desafios para os institucionais 

O primeiro grande desafio do mercado gira em torno do conhecimento, não só do impacto do Real Digital, como também da formação de profissionais em TI e nas áreas de negócios. Conhecer bem a tecnologia blockchain, sua lógica e as linguagens de programação associadas ao tema são essenciais para embarcar na iniciativa. 

O segundo desafio é a interoperabilidade com (i) sistemas legados, como os sistemas atuais de pagamento, liquidação e custódia (SPB), e (ii) outras blockchains do ecossistema (atacado ou de varejo), já que cada instituição financeira (IF) poderá ter a sua própria blockchain e será preciso criar mecanismos para que elas se conectem.

Esse último desafio remete ao terceiro, que será prover na blockchain todas as funcionalidades existentes no SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro) sem que haja arbitrariedade jurídica nas soluções técnicas. Haverá uma nova estrutura, “irmã” do STR e do SPI, que se conectará ao Tesouro Nacional, ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), à B3 e à CIP. A vantagem é que a tecnologia trará mais eficiência e transparência a vários processos.

Por fim, e não menos importante: a partir do momento em que o dinheiro é programável, as possibilidades de inovação se expandem, o que trará novos modelos de negócios. Avaliá-las e priorizá-las não será trivial. Lembrando que todo ativo que represente valor poderá ser tokenizado, e qualquer negócio entre um comprador (detentor de deposito tokenizado) e um vendedor (detentor de um ativo) poderá acontecer sem intermediários mediante contratos inteligentes de finanças descentralizadas (DeFi) como por exemplo“entrega contra pagamento”, (DvP – Delivery versus Payment), pools de liquidez, etc.

E a lista não para por aí: áreas de compliance, back office e segurança cibernética vão precisar entender a tecnologia para continuar garantindo que todos os procedimentos (AMLFT, LGPD, sigilo bancário, controle de custódia própria e de clientes) continuem seguros.

“Inovação não tem limites, e a entrada de uma moeda digital vai trazer opções que antes eram impossíveis. A tecnologia pode mudar muito a forma como as coisas são executadas atualmente e gerar novos modelos de negócios. Os ganhos serão relevantes: teremos mais eficiência, menos processos, menos gente, menos custo e menos serviços com riscos atrelados” 
CH Lopes 
CDO da Parfin 

 As oportunidades estão vindo pela frente! 

Com a moeda digital, o Brasil terá mais opções de escolha em meios de pagamento. No Lift (Laboratório de Inovações Finananceiras e Tecnológicas) do BC, existem projetos que simulam o DvP entre o Real Digital e um automóvel, ou entre o Real Digital e um imóvel. Já pensou em poder comprar um bem e não ter o risco de pagar e não receber?

O BC está liderando a iniciativa, mas certamente não será o único nesse ecossistema. Entidades como Detran e os cartórios provavelmente se integrarão num futuro não tão distante. Imagine o caso que um cidadão tenha um imóvel tokenizado, ele poderia usá-lo em garantia em um pool de liquidez e receber um empréstimo – praticamente online e sem burocracia. Um outro exemplo, com o CBDC, seria o de uma operação de cambio (USD-BRL): poderia ser tão simples quanto enviar Real tokenizado para um contrato inteligente que entrega Dólar tokenizado, e esse contrato inteligente informa ao regulador e à IF tudo que eles precisam para atender a legislação, sem mencionar que a operação acontece de maneira instânea em minutos).

Inclusive, o lançamento do piloto da CBDC brasileira terá transferências financeiras entre clientes de duas IFs diferentes, utilizando Real tokenizado emitido por uma instituição liquidando em Real tokenizado da outra instituição, assim como operações bilaterais destes clientes com TPF (Títulos Públicos Federais). Este caso de uso permitirá que, depois, sejam incluídos outros ativos e que, por exemplo, um cliente tenha acesso a fazer uma compromissada com TPF ou com Títulos Privados que, atualmente, são inacessíveis e/ou de pouco acesso. 

E como as instituições devem se preparar para a inovação

Elas devem definir equipes para estudar a CBDC e os impactos em sua infraestrutura. A equipe deve ser multidisciplinar, pois terá de entender e coordenar tudo o que precisa ser alterado nos departamentos da IF (pilotos de reserva, custódia de títulos públicos/privados, operações de câmbio etc.). Surgiram perguntas como: Já perceberam que o catálogo de mensagens do SPB vai funcionar em blockchains? Como vai funcionar uma STR0008 entre clientes de IFs distintas? Como uma IF vai custodiar um automóvel, um imóvel ou outro bem qualquer e ainda assim mostrar no extrato do cliente? É fundamental que essa equipe seja responsável por compartilhar o conhecimento dentro da IF, já que tudo é muito novo para todos. Para mim, é mais um passo para uma IF se tornar uma grande integradora entre finanças e a economia real.

Já os cuidados, são muitos. Com o conhecimento da tecnologia, vários processos deveriam ser redesenhados para garantir eficiência e gerar pontos/hubs de inovação, e eventualmente novos modelos de negócio. Então, o primeiro cuidado é na definição da topologia de blockchain que a IF irá adotar. Uma vez definida, o redesenho de processos deve trazer eficiência, entretanto precisará conviver entre mundos distintos – o eletrônico e o digital. Também é preciso estar atento à parte regulatória, principalmente com a custódia. O conceito agora é: o que você precisa guardar é a chave privada, e não mais o ativo em si; por isso, o aspecto da segurança é fundamental.

A tendência é a de que as IFs não deleguem a custódia de seus ativos próprios e de clientes para terceiros. Assim, precisarão se aprofundar para montar uma infraestrutura adequada. 


E o que a Parfin pode fazer pelas instituições?

A Parfin, líder em infraestrutura para a web3, vem acompanhando o desenvolvimento das iniciativas do Banco Central e está muito próxima dos reguladores e do mercado. Temos uma equipe altamente qualificada e criamos uma infraestrutura com tecnologia de ponta que permite que os nossos clientes acelerem acesso a essa nova infraestrutura de mercado. 

Em alguns casos, clientes integraram a nossa infraestrutura aos seus sistemas em apenas 6 semanas, prazo em que os primeiros testes foram executados em produção.

“Nós disponibilizamos todo o arcabouço que acelera a entrada ao mercado de ativos digitais, tokenização, controle e execução sobre o Real Digital e Tokenizado, além de funções nativas da plataforma que farão com que processos de emissão, registro, transações, transferências e liquidação de operações de TVM sejam simplificados”

 CH Lopes 
CDO da Parfin 

Além disso, oferecemos ao mercado uma solução de custódia institucional, que junta o melhor da tecnologia MPC (Multi Party Computation), com HSM (Hardware Security Module), onde as IFs poderão fazer custódia com total segurança e domínio das chaves privadas. Assim, é possível adaptar a tecnologia a cada cliente, dando a eles todo o controle e segurança necessários.

Já a Parchain, ecossistema de blockchains permissionada, pode funcionar de maneira complementar ao projeto do Real Digital. Privada, segura e escalável, é compatível com EVM, tem a interoperabilidade como uma de suas principais características – ativos digitais de outras blockchains que também sejam compatíveis podem ser transferidos por meio de bridges.

Instituição: chegou a hora de experimentar o futuro! 

O Real Digital ainda é um tema que gera dúvidas dentro da sua empresa? Os seus times já estão preparados para ingressar em um mercado digital extremamente rápido e inovador? Acesse parfin.io e agende um contato agora mesmo com quem é líder em infraestrutura para a web3 na América Latina!

 

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