Mais de 80 bancos centrais já pesquisam ou promovem projetos para a criação de moedas digitais por meio dos smart contracts.
Especialistas avaliam que o desenvolvimento da tecnologia se assemelha à expansão da internet nos anos 2000: uma mudança sem precedentes. Para o mercado, a crescente utilização das blockchains para tokenização se traduz em inúmeras possibilidades de negócios.
Para 2024, são esperados importantes progressos, especialmente no Brasil. Com o avanço do projeto do Drex, a expectativa é que as instituições financeiras aumentem, gradativamente, a adoção da tecnologia. Ao formar áreas especializadas no segmento, bancos e fintechs devem dar um salto no desenvolvimento de produtos e serviços para os clientes.
No cenário econômico, estamos observando o término da dificuldade das políticas monetárias globalmente, com vários países direcionando esforços para diminuir as taxas de juros, como o Brasil e Estados Unidos.
Além disso, alguns países estão em processo de flexibilização monetária, o que cria um ambiente mais favorável para ativos de alto potencial de retorno, como as oportunidades oferecidas pela web3.
Confira, a seguir, alguns pontos em destaque.
Perspectivas para o Drex
Sem dúvidas, 2023 foi um marco para o desenvolvimento da tokenização no Brasil. O Drex está no centro desse movimento ao promover transações de testes com o real digital em ambiente simulado. Agora, o desafio é elevar a capacidade da rede em suportar um alto número de transações por segundo e otimizar questões de privacidade.
Nessa jornada de inovação, o Banco Central conta com 16 consórcios de empresas e instituiçõe para colocar o Drex em prática e a Parfin faz parte de um desses consórcios.
“O objetivo é elevar a privacidade e promover a escalabilidade e interoperabilidade do sistema. Estaremos focados nos próximos meses na resolução dessas questões para possibilitar o lançamento do real digital”, diz Marcos Viriato, CEO e cofundador da Parfin.
A expectativa é que a fase piloto do Drex acabe em junho de 2024, quando todas as provas fundamentais já estiverem concluídas. A tecnologia deve ser disponibilizada para testes com população até dezembro, e a previsão é que o real digital seja lançado no começo de 2025.
No âmbito corporativo, 2024 será o ano para as instituições se adaptarem à nova tecnologia. Isto porque a integração da moeda fiduciária do país na blockchain abrirá possibilidades fascinantes.
“O Drex vai colocar tudo on chain, não haverá mais nenhuma parte analógica do negócio e isso irá impulsionar a tokenização. Se o banco ou qualquer outra instituição não tiver um sistema que suporte blockchain, perderá oportunidades” , afirma Alex Buelau, cofundador e CPTO da Parfin.
Tokenização no Brasil e regulamentação
Ao colocar a tokenização no centro dos esforços de inovação com o real digital, o Banco Central incentiva todo o setor financeiro a seguir pelo mesmo caminho. A favor desse movimento está o fato de o Brasil ser um dos ambientes mais amigáveis para a potencial adoção de uma Central Bank Digital Currencies (CBDC).
Isso reflete não só a familiaridade da população com ativos digitais - é um exemplo da rápida adoção do sistema de pagamentos instantâneo e digital (Pix) -, como a existência de um ambiente regulatório e pró-inovação.
“Observamos avanços importantes nas regras da economia tokenizada e de criptos”, diz Cristian Bohn, co-fundador e CSO da Parfin.
A Comissão de Valores Mobiliários segue próxima ao tema para formular parâmetros que possibilitem a regulamentação dos ativos digitais e tokenizados e a previsão do Banco Central é concluir a regulação do mercado de criptomoedas - que incluirá as regras específicas para os provedores de serviços de ativos virtuais - até o primeiro semestre de 2024.
A clareza regulatória é fundamental para atrair investidores institucionais e estabelecer um ambiente mais seguro e confiável para todos os participantes do mercado.
Tecnologia e infraestrutura
O avanço do segmento está condicionado ao aperfeiçoamento de uma rede que suporte o elevado número de transações e, ao mesmo tempo, seja privativa. A busca pela implementação ou aperfeiçoamento desse sistema deve estar no topo da lista de prioridades das principais instituições financeiras do país.
As tecnologias blockchain e DLT estão alcançando um nível de maturidade que comporta diferentes casos de uso de tokenização.
"Pelo lado da infraestrutura, seguimos desenvolvendo soluções para atender às demandas de segurança, escala e previsibilidade das instituições financeiras. Já do lado de criptomoedas, seguimos aprimorando a nossa plataforma robusta para atender players globalmente", diz Bohn.
Essa é uma das principais frentes da Parfin em 2024. Aprimorar a infraestrutura que atende às demandas das instituições financeiras neste momento de evolução digital. A Parfin já iniciou esse movimento ao fechar uma parceria com a Núclea - antiga Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP).
“A Nuclea é player fundamental na construção desse mercado. Juntos, vamos contribuir para destravar projetos e impulsionar a adoção da tecnologia no Brasil”, afirma Marcos Viriato.
Mercado cripto
Olhando para o setor cripto, as perspectivas são otimistas. Uma tempestade perfeita está se formando no mercado brasileiro com a combinação do avanço regulatório e do bull market.
“Há uma grande expectativa com a introdução das ETFs de spot e o halving do bitcoin, é um movimento que aponta para uma trajetória bullish de mercado”, afirma Marcos Viriato.
Esses eventos tendem a atrair mais investidores e aumentar a adoção das criptomoedas, contribuindo para um cenário de valorização. Oferecer cripto não será mais um fato de inovação e, sim, uma questão de principalidade.
Além disso, com a CVM 175, a entrada dos fundos pode trazer uma nova onda de capital e expertise financeira para o espaço, impulsionando ainda mais a maturidade.
Mais informações sobre os serviços de tokenização e criptomoedas da Parfin podem ser acessadas no site.