Parfin Insights

Redes DePIN: tecnologia integra iniciativas digitais com o mundo real

Data: 28/02/2024

As redes DePIN (Decentralised Physical Infrastructure) - operam com o excedente digital ou físico com o uso das redes blockchain.  

O objetivo é coordenar a colaboração de indivíduos em prol da implantação e operação de redes de infraestrutura que operam no mundo real. Trata-se de um sistema que tem como características ser trustless, não permissionado e programável.  

A tecnologia coordena a distribuição de tokens, remunerando pessoas que constroem e mantêm essas redes de infraestrutura ao "emprestar" a capacidade operacional das suas máquinas para promover serviços físicos de verificação. A descentralização torna viável a construção de redes de infraestrutura física - como de 5G, por exemplo, com menos recursos e maior agilidade.  

Com iniciativas em andamento mundo afora, a tecnologia tem capacidade de transformar o backoffice de empresas, além de permitir que as pessoas passem a ser donas dos próprios dados que geram na internet.  

Potencial das redes DePIN  

Ao promover vantagens aos colaboradores da rede, o sistema é fortalecido e tende a se manter estável. A responsabilidade e o controle da infraestrutura física ficam divididas entre indivíduos, comunidades e até sistemas automatizados. A iniciativa se traduz em uma mudança de paradigma na forma como as empresas operam.  

A tecnologia tende a potencializar a sinergia entre web3, Internet das Coisas (IoT) e Economia das Coisas, promovendo avanços em diversos setores, como energia, telecomunicações, mobilidade, entre outras frentes.  

“Hoje, quando usamos o serviço de Uber, por exemplo, ainda contamos com um serviço centralizado que detém no provedor das empresas os dados dos usuários e mantém o sistema funcionando. No futuro, DePIN terá capacidade de promover acordos entre quem oferece e toma serviços. Em resumo, a iniciativa tem potencial de substituir o backoffice das companhias”, afirma Ricardo Santos, VP Engineering na Parfin.  

Outro importante segmento que a DePIN pode ajudar a disseminar é a Inteligência Artificial. “Em geral, projetos de grande escala têm um custo muito alto de infraestrutura. Mas quando essa rede é compartilhada, as iniciativas ficam mais acessíveis”, diz o executivo.  

Casos de uso 

As redes DePIN já promovem dezenas de projetos que incluem desde uma versão descentralizada do Google Maps até redes de Wifi. Destacamos alguns: 

Hivemapper 

Fundada em 2015 como software de mapeamento, a iniciativa passou por uma atualização em 2022. Foi incorporada ao projeto uma rede de mapeamento descentralizada que permite aos colaboradores usarem dashcams para coletar imagens de alta qualidade durante as suas viagens e receberem tokens por isso. As imagens criam um mapa global que pode ser acessado por empresas e organizações por meio de uma API.  

Dimo 

Fundada em 2020, a rede permite que os usuários utilizem dados de mobilidade para criar aplicativos e serviços em finanças automotivas, seguros e manutenção que rodam em uma plataforma de código aberto. Os participantes do lado da oferta (mineradores de dados) ganham prêmios por conectar um dispositivo de hardware ao seu carro e contribuir com esses dados para a rede. 

Helium 

Fundada em 2019, a rede  permite que pessoas e dispositivos se conectem à internet. Os participantes que contribuírem para o funcionamento do sistema são recompensados com o token nativo da Helium - HNT. Hoje, existem 1 milhão de 'hotspots’ espalhados em todo o globo que fornecem cobertura de IoT. 

Vantagens da tecnologia 

À primeira vista, é possível citar como vantagens eficiência, resiliência a falhas e ataques, facilidade de implementação, compliance, governança descentralizada. Os protocolos DePIN também podem promover sistemas que funcionam em países diferentes, mas operam com uma única regulamentação.  

A tecnologia permite, igualmente, a manutenção de redes com neutralidade e credibilidade ao promover garantias de que as regras pré-acordadas não podem ser alteradas arbitrariamente. As redes DePIN também permitem micropagamentos peer-to-peer em uma dinâmica sustentável.  

Outro importante ponto é que as redes DePIN permitem que as pessoas passem a deter a propriedade dos dados que geram quando navegam na internet e/ou usam aplicativos.

“Hoje, essas informações ficam armazenadas em bancos de dados de grandes empresas de tecnologia. Além de não ser possível detê-los, as companhias ainda utilizam para gerar gatilhos de consumo”, destaca Santos.  

Segmento em ascensão 

Hoje, a tecnologia já é adotada por alguns segmentos, como controles ambientais - com o cálculo de emissão de carbono -, mobilidade e redes 5G descentralizadas. Uma das iniciativas em destaque é o Helium, protocolo que utiliza a estrutura de uma DePIN para incentivar pessoas a construir e gerenciar uma rede física de telecomunicações de IoT, que está começando a migrar para uma rede 5G. 

A iniciativa foi “financiada” pelos próprios usuários, que adquiriram hardwares para gerar as validações necessárias em troca do recebimento de tokens. No futuro, essa remuneração tende a aumentar conforme a evolução do tráfego. 

Embora seja promissora, a tecnologia está no começo do seu desenvolvimento.  Hoje, o mercado movimenta cerca de US$ 3 bilhões, mas esse número pode chegar a US$ 10 trilhões em alguns anos, de acordo com projeção média do mercado.  

“Estamos falando de um segmento que tem duas décadas de desenvolvimento pela frente. Trata-se de um sistema que irá permear uma economia diferente, na qual as pessoas poderão produzir renda pela informação que produzem”, pontua Santos.  

A miscigenação do mundo digital e o universo real está cada vez mais latente, e em pouco tempo serão indivisíveis. Se a sua empresa quer fazer parte dessa vanguarda das criptomoedas, tokenização e soluções em blockchain, entre em contato conosco para compreender melhor os benefícios dessas iniciativas.  

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