Parfin Insights

Parfin e Bradesco se unem para explorar o uso de Stablecoin em pagamentos cross-borders

Data: 14/01/2025

A Parfin e o Banco Bradesco firmaram em novembro uma parceria estratégica para explorar o uso de stablecoins em pagamentos transfronteiriços e remessas internacionais de operações de comércio exterior

A Parfin Platform foi a escolhida para suportar as operações dos clientes do Bradesco neste mercado, que está em rápida expansão devido às transformações econômicas globais e à crescente demanda de clientes por efetuarem pagamentos usando stable coins nas suas transações de comércio exterior, pois oferecem um melhor custo-benefício e eficiência, se comparado com os meios tradicionais.  

Essa novidade destaca o Brasil como líder na América Latina na adoção da tecnologia blockchain. A implementação prática da solução não apenas acelera a transformação digital no setor financeiro, mas também exemplifica como a blockchain pode ser utilizada de forma estratégica em aplicações reais pelas instituições financeiras. Além disso, ela oferece uma alternativa mais eficiente, segura e acessível para transferências internacionais, tornando o futuro das finanças ainda mais conectado. 

As primeiras operações iniciam agora em janeiro e levam em consideração a expertise Parfin no setor de criptoativos, incluindo: 

  • Plataforma de Ativos Digitais: Infraestrutura tecnológica completa para todo o ciclo de vida da transação. 

  • BPO (Operacional): Processamento operacional especializado da Parfin para as operações com stablecoins, incluindo gestão de liquidez, liquidação, compliance e suporte regulatório. 

  • Flow Desk (Liquidez de Stablecoins): Acesso à liquidez para stablecoins, permitindo a execução eficiente com o melhor preço. 

Stablecoins como diferencial competitivo 

A expertise da Parfin nesse segmento é uma aliada das instituições financeiras para viabilizar a infraestrutura tecnológica, o suporte operacional e a liquidez necessária para as operações com stablecoins.  

Estima-se que cerca de $40 trilhões em pagamentos B2B transfronteiriços são feitos anualmente por meio de swift ou outros meios tradicionais (excluindo atacado), e uma projeção da corretora Bitso em parceria com o PCMI revelou esse mercado pode movimentar mais de US$ 292 trilhões até 2030. As stablecoins surgem então como aliada ao ritmo crescente de operações de comércio exterior. 

O projeto piloto do Bradesco, com o suporte da Parfin, tem como objetivo principal validar como a utilização de stablecoins pode revolucionar os pagamentos transfronteiriços e remessas internacionais. A iniciativa busca oferecer soluções mais eficientes, rápidas e econômicas em comparação aos métodos tradicionais, como o SWIFT.   

Por meio dessa parceria, exportadores poderão liquidar transações utilizando a stablecoins, pareada ao dólar, garantindo vantagens como custos mais competitivos e maior agilidade operacional. Só para se ter uma ideia, enviar US$ 200 dos EUA para a Colômbia custa US$ 12,13 nos trilhos tradicionais. Já com stablecoins, o investimento é inferior a US$ 0,01. 

Enquanto no SWIFT, um pagamento é concluído em dias e até semanas, com stablecoins esse processo leva minutos e é feito com segurança e privacidade de dados.  

O mundo atento às moedas digitais 

Essa busca por tecnologias e acesso ao universo de pagamentos nos trilhos da blockchain faz parte de um movimento global para adequação de sistemas econômicos. O Fundo Monetário Internacional (FMI) recentemente afirmou que moedas digitais podem substituir o dinheiro tradicional e facilitar a inclusão financeira em diferentes frentes, pois são alternativas seguras e de baixo custo. Segundo dados publicados pela Pantera Capital, em 2020 as stablecoins representavam apenas 3% das transações em blockchain no mundo. Hoje, esse volume chega ultrapassar 50%. 

Outro fator que demonstra essa digitalização econômica é a procura por programas de gestão de ativos e compliance, que regulamentam o uso de criptomoedas como é o caso das stablecoins. Em novembro, o Banco Central abriu sua segunda consulta pública sobre regulamentação das criptomoedas no Brasil, que farão parte do mercado de câmbio.  

Novos negócios que conectam fronteiras 

E como a Parfin Platform vai apoiar o Bradesco nesse fluxo? 

Pagamentos internacionais geralmente envolvem uma série de parâmetros para garantir idoneidade e segurança. Com stablecoins, essa operação é mais ágil. Funciona assim: 

  1. O exportador brasileiro vende a mercadoria no exterior e precisa receber o pagamento do importador; 

  2. O importador no país de destino faz o pagamento ao exportador através do uso de stable coin, efetuando a liquidação na plataforma da Parfin; 

  3. Recebida a stable coin, a Parfin Plataform, notifica o Banco Bradesco que efetuára um câmbio para o exportador Brasileiro, e converterá a stablecoin recebida para Reais e entregando na conta corrente do exportador brasileiro; 

Dessa foram, apenas o cliente do Bradesco (exportador) e o fornecedor visualizam os valores negociados, e a operação com stablecoins - incluindo a conversão para moeda local - é realizada em questão de segundos. 

Além da privacidade transacional, a parceria traz diversas vantagens como: 

  • Menos custos para os clientes: As taxas em transações internacionais tradicionais podem ser altas. Já as stablecoins oferecem custos muito mais baixos - menos de um centavo em alguns blockchains versus 2,9% + $0,30 em alguns serviços. 

  • Maior velocidade nas transferências: As transferências internacionais tradicionais podem levar dias para serem concluídas. Com stablecoins, a liquidação é instantânea. 

  • Menos burocracia: Os processos de câmbio e remessas podem ser burocráticos. Com stablecoins, esse fluxo é simplificado graças à tecnologia avançada e descentralizada da blockchain. 

  • Maior acessibilidade e programabilidade: Facilita o acesso a serviços financeiros para um público maior, especialmente em mercados emergentes. Nesse modelo, a disponibilidade operacional é de 24h por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. 

A expertise do Bradesco em transações de câmbio aliado a expertise da Parfin em tecnologia e operações com stablecoins, cria uma solução pioneira para processamento de transações em pagamentos transfronteiriços de comércio exterior A parceria visa explorar o potencial das stablecoins para transformar o mercado de pagamentos internacionais, oferecendo uma alternativa mais eficiente, econômica e acessível - que favorece a criação de novos negócios e garante ao cliente final mais competividade e segurança para enviar e receber pagamentos. 

Marcos Viriato, CEO e Co-fundador da Parfin

A expectativa é que com o avanço das stablecoins no Brasil e o processo de regulamentação das moedas pelos órgãos oficiais, o acesso a novos serviços financeiros seja ampliado.  

Espera-se que a adoção de usuários de stablecoins continue crescendo ano a ano. Grandes players assim como o Bradesco estão entrando nesse mercado, e ainda existem oportunidades para novos protocolos e empresas. 

Ou seja, para o consumidor final, segurança e agilidade no universo das finanças digitais. Para organizações e instituições financeiras, o potencial enorme de escalabilidade: novas parcerias, crescimento de portfólio e mais projetos para explorar todo o potencial da tecnologia blockchain.  

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