A tokenização tem o poder de derrubar as fronteiras entre os mundos físico e digital - afinal, qualquer bem físico (como um imóvel ou um veículo) pode ser transformado em um token e ser transacionado via blockchain. A chegada das CBDCs, as moedas digitais dos bancos centrais, deve acelerar ainda mais a adoção da tokenização - essa é a expectativa também para o Brasil, que aguarda o lançamento do Real Digital, em 2024.

“Hoje, com as criptomoedas, é necessário trocar dólar ou real, por exemplo, por bitcoin. Os usuários ainda dependem de uma exchange centralizada para fazer isso”, explica Marcos Viriato, CEO e cofundador da Parfin. “Com o Real Digital, a relação de troca da moeda será direta, porque tudo ocorrerá na mesma rede. Suponhamos que eu tenha uma moeda na blockchain e há um token que representa um ativo nessa mesma blockchain - basta trocar os dois”.

Grandes profissionais do mercado também concordam que a tendência é que a tokenização ganhe mais força com as CBDCs. Na pesquisa “Money, Tokens and Games: Blockchain’s Next Billion Users and Trillions in Value”, o banco Citi destaca que, até 2030, US$ 5 trilhões em CBDCs devem circular nas maiores economias do mundo.

“A tokenização de ativos físicos e financeiros pode ser definitiva para impulsionar o uso da blockchain”, diz o estudo. “A expectativa é que a tokenização cresça em 80 vezes no mercado privado e que seja avaliada em quase US$ 4 trilhões até 2030”.

O Brasil deve acompanhar esse movimento global. No estudo “Finanças Descentralizadas: Tokenização de Títulos e Valores Imobiliários”, realizado em parceria com a Accenture, a ANBIMA defende que o Real Digital será uma das alavancas da tokenização.

Na pesquisa, a associação indica que a chegada do CBDC pode beneficiar a tokenização: uma das oportunidades é o ganho de eficiência para o processo de liquidação de títulos, com DvP (delivery versus payment) aliada ao Real Digital.

De olho nessa forte tendência, Marcos Viriato reitera a importância de as empresas e instituições financeiras estarem preparadas para abraçar a tokenização - e lembra que o processo é gradual. “A tokenização precisa ser feita em etapas, é uma jornada. E é preciso estar atento à regulamentação”, afirma. “A missão da Parfin é justamente guiar e orientar as empresas nesse processo: explicar qual é o primeiro passo, o segundo, o terceiro… até que a empresa tenha todos os ativos tokenizados, vendendo em marketplace”.

Parchain, blockchain da Parfin, oferece ambiente seguro para tokenização

Quando decidem operacionalizar a tokenização de ativos, instituições financeiras encontram alguns desafios: segurança, compliance e privacidade estão entre eles. Contudo, não havia no mercado uma solução que abarcasse todas essas necessidades.

Por isso, a Parfin desenvolveu a Parchain. blockchain layer 0 permissionada e compatível com EVM. A solução oferece privacidade total nas transações e garante a tokenização privada e segura de ativos, com controle de acessos autorizados.

A Parchain já está preparada para atender às demandas de privacidade e segurança do Banco Central. Mas, a plataforma vai além: tendo em vista o potencial da tokenização e dos ativos digitais, a Parfin desenvolveu a Parchain com interoperabilidade entre blockchains - assim, as instituições podem realizar as transações entre redes diferentes, sejam elas públicas ou privadas.

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