Parfin Insights

Remessas internacionais através de stablecoins, fotografia do mercado.

Data: 15/07/2024

O cenário das transações financeiras internacionais está em constante evolução, e uma das tendências mais significativas dessa transformação é a ascensão das stablecoins como protagonistas no mundo dos pagamentos transfronteiriços.

A tecnologia blockchain, que sustenta essas moedas digitais estáveis, está redefinindo o modo como as empresas e instituições financeiras encaram as transações globais. 

O sistema de pagamentos internacionais SWIFT, criado em 1973, é o mais utilizado globalmente para a troca de moedas entre países, principalmente o dólar. No entanto, essa predominância pode estar com os dias contados. Existe um fluxo relevante de stablecoins hoje sendo utilizado para remessas internacionais, mas estamos no começo, já que as principais instituições que atuam neste mercado ainda não utilizam esta tecnologia.  

Fora do âmbito de CBDCs, existem ecossistemas de stablecoin públicos (como USDT e USDC) e privados (como JPM Coin emitida pelo JP Morgan) sem interoperabilidade, mas acreditamos na convergência destes no futuro. 

Essa mudança é impulsionada pela agilidade, segurança e custo-benefício oferecidos pelas stablecoins. À medida que essa categoria de ativos criptográficos ganha terreno, uma nova era no core bancário emerge, trazendo consigo uma série de vantagens para o comércio exterior e as finanças globais.

Para Cristian Bohn, co-fundador e CSO da Parfin.

  

A ascensão das stablecoins 

As stablecoins são o ativo criptográfico que mais cresce no mundo, respondendo por 40% de participação nas carteiras ativas em 2023, de acordo com a Chainalysis. O segmento movimenta uma média de US$ 150 bilhões por mês em todo o mundo. Diante do crescimento, o World Economic Forum projeta que 10% do PIB global será armazenado em moedas digitais até 2027. Já o Fundo Monetário Internacional aponta que as stablecoins poderiam oferecer uma alternativa mais eficiente e econômica aos pagamentos transfronteiriços tradicionais, especialmente para transações de baixo valor. 

   
O movimento na prática 

Empresas e instituições financeiras estão adotando cada vez mais as stablecoins em suas operações. O Deutsche Bank e a SC Ventures do Standard Chartered estão testando sistemas que integram blockchain, stablecoins e moedas digitais do banco central (CBDCs), visando uma abordagem semelhante à camada de mensagens SWIFT na infraestrutura bancária legada. Empresas de blockchain, como a Red Date Technology, estão lançando redes de pagamento digital baseadas em stablecoins e CBDCs, visando aprimorar a eficiência e reduzir os custos das transações transfronteiriças. 
 

Diversidade de atores no mercado de stablecoins 

O mercado de stablecoins é diversificado, com várias empresas emergentes competindo pela liderança. Cada uma dessas empresas busca diferenciar-se por meio de transparência, regulamentação e parcerias estratégicas com instituições financeiras renomadas. 
 

SWIFT vs. Stablecoins 

Para quem envia recursos, o uso da tecnologia melhora a transparência (menos intermediários) e a disponibilidade (24x7) das remessas, e por outro lado, reduz o custo e tempo dependendo da complexidade do fluxo versus o SWIFT.  

Para quem recebe os recursos, as stablecoins são equivalentes a uma conta em dólar sem toda a ineficiência do sistema financeiro tradicional. 

 

Exemplos de implementação 

- JPM COIN: um novo trilho de pagamento concebido desde o início para apoiar pagamentos nacionais e transfronteiriços. O token digital JPM Coin pode movimentar até US$ 10 bilhões em transações diárias nos próximos dois anos, de acordo com o chefe global de pagamentos de instituições financeiras do JP Morgan, Umar Farooq. 

- PayPal Coin (USDP): uma stablecoin totalmente lastreada em depósitos em dólares americanos, títulos do Tesouro dos EUA e equivalentes de caixa semelhantes. Você pode comprar e vender 1 PYUSD por 1 USD em PayPal. 

Stablecoins revolucionando as remessas internacionais corporativas na América Latina 

A América Latina, apesar de suas promessas econômicas, enfrenta desafios significativos no que diz respeito às remessas internacionais, especialmente para empresas. As taxas elevadas, o tempo de processamento demorado, a burocracia e o risco cambial são barreiras que afetam diretamente o crescimento e a competitividade das empresas na região. Nesse contexto, as stablecoins oferecem benefícios importantes, como transparência e funcionamento 24/7. Essas e outras vantagens podem impulsionar a economia da América Latina. Para se ter uma ideia, apenas em 2023, os ativos estáveis movimentaram um valor total de cerca de US$ 53 bilhões. 

Ao adotarem stablecoins, as empresas na América Latina podem superar muitos dos obstáculos tradicionais, posicionando-se melhor para competir no cenário global. 

 

O futuro das transações globais 

À medida que as stablecoins consolidam sua posição no mercado financeiro, o futuro das transações globais parece cada vez mais digitalizado, eficiente e acessível.

A Parfin, alinhada com essa visão, está comprometida em oferecer soluções inovadoras e seguras para seus clientes, aproveitando ao máximo o potencial das stablecoins como o novo core bancário do século XXI. 

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