Parfin Insights

Perspectivas do Drex: moeda digital representa oportunidades de novos negócios

Data: 29/11/2023

Depois de anos de pesquisa e testes, o projeto do Drex (Real Digital) entra em sua reta final, e está prestes a desempenhar uma série de inovações no sistema financeiro do país.

A combinação entre a digitalização do dinheiro e a tokenização de ativos pode trazer ganhos expressivos em eficiência operacional e, claro, novos modelos de negócio. 

Isso se traduz em melhorias no sistema - como a liquidação financeira automática em modo 24/7 e a criação de automações para diferentes segmentos de mercado. 

Para aprofundar ainda mais a percepção desse novo cenário, a Parfin produziu o relatório ‘Perspectivas do Drex: Uma Análise Institucional’, que você pode acessar clicando aqui. 

A seguir, trazemos um resumo dos cinco principais pontos abordados no documento. 

1- O que é CBDC e qual o seu papel na economia 

Todo o projeto do Drex é baseado no conceito das Central Bank Digital Currencies (CBDC), ou moedas digitais de bancos centrais. Trata-se de uma nova forma de dinheiro cuja operação é nativamente digital. A tecnologia tem potencial de revolucionar a maneira como compreendemos e emitimos o dinheiro. 

A relevância das CBDCs parece ter sido acelerada pela emergência das tecnologias de blockchain e ativos digitais, em conjunto com as transformações socioeconômicas em digitalização impostas pela pandemia Covid-19. 

Não é por acaso que ao menos 80 bancos centrais* do mundo realizam pesquisas e testes para formular as suas CBDCs. O Brasil é um dos países mais avançados. 

"Existe espaço [nas CBDCs] para diversas inovações além da parte financeira, como a possibilidade de melhorar questões associadas, por exemplo, aos mercados imobiliários e automotivos. Acredito que no futuro também existirá melhor conexão entre ativos financeiros, não financeiros e a gestão dos dados dos usuários destes sistemas", diz João Gianvecchio, gerente de Digital Assets do Banco Bv.  

2- O ritmo de adoção das CBDCs no mundo 

De acordo com o Atlantic Council, atualmente há cerca de 130 países* (ou 98% do PIB global) explorando soluções de CBDC, em variados graus de evolução. 

Dentro do G20, 19 já estão em estágio avançado de desenvolvimento de suas moedas digitais, destacando-se China, Rússia, Japão, Austrália, Índia e o próprio Brasil, que já possuem projetos em estágio piloto. 

O Brasil possui um dos projetos mais avançados e sofisticados de CBDC, inicialmente batizado como Real Digital, renomeado para Drex.  

Quando consideramos casos em que as CBDCs já estão implementadas, destacam-se a Nigéria (e-Naira) e as Bahamas (SandDollar), dois países que efetivamente já lançaram suas CBDCs. 

A China, por sua vez, é protagonista de um dos casos mais notórios do uso da tecnologia: hoje, o Yuan digital (e-CNY), representa cerca de 2 bilhões de dólares em circulação (ou 0,13% das reservas do banco central chinês). 

3- Drex possibilitará novos modelos de negócios 

Um dos primeiros aspectos a ser destacado sobre o Drex (Real Digital) é que o projeto vai além de promover a CBDC. O Banco Central (BC) busca uma nova abordagem tecnológica, econômica e integralizadora para a moeda. 

"O Real Digital não veio necessariamente para resolver problemas de pagamento, mas sim para construir uma nova fundação para tokenização de ativos. A granularização e o aumento da liquidez de mercados são alguns dos principais benefícios", diz Denis Nakazawa, diretor da Accenture.  

Na prática, o Drex procura apoiar o desenvolvimento de modelos de negócios e operações financeiras inovadoras com a utilização de contratos inteligentes e dinheiro programável, em uma abordagem comumente referenciada como “tokenização”. 

Atualmente o Drex está em fase de teste para operações, funcionando em ambiente simulado, sem o envolvimento de transações com valor real. O objetivo do BC nesta etapa é avaliar as capacidades de uma DLT (tecnologia que oferece uma plataforma para proposta, validação, e armazenamento de transações) com suporte a múltiplos ativos e operações de ativos tokenizados com contratos inteligentes. 

Para alcançar esse objetivo, o Comitê Executivo de Gestão (CEG) do projeto elencou 16 propostas do mercado de participação no programa, incluindo instituições financeiras como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Nubank, Banco Inter, Santander, Itaú, Banco BV e Banco BTG, além de parceiros de tecnologia, como Microsoft, AWS e a Parfin.  

4- Os testes de ativos do Drex 

A fase atual de pré-operação do Drex contempla o teste de três ativos 

- Drex de Atacado (antigo Real Digital): moeda do BC para processamento de reservas bancárias e contas de liquidação de instituições financeiras; 

- Drex de Varejo (antigo Real Tokenizado): moeda para manutenção de contas de pessoas físicas com depósitos bancários à vista, com a interface de serviços sendo oferecida via instituições financeiras; 

- Título Público Federal (TPF):  sistema para emissão de títulos públicos diretamente na rede, ofertados primariamente pelo Tesouro Nacional, com mercado secundário e operações automatizadas de compra e venda. 

5- Potenciais impactos para o sistema financeiro nacional 

O Brasil é um dos ambientes financeiros mais amigáveis para potencial adoção de uma CBDC. Isso reflete especialmente a familiaridade da população com ativos digitais - são exemplos a ampla adoção de um sistema de pagamentos instantâneo e digital (Pix), e a existência de um ambiente regulatório pró-inovação. 

Em meio a esse histórico, a adoção do Drex em um processo de digitalização do sistema financeiro brasileiro em larga escala deve ser considerada uma possibilidade real. Entre os principais benefícios desse processo, se destacam a eficiência de mercado, transparência e programabilidade, redução de custo e maior liquidez.  

Os impactos do Drex já podem ser mensurados: "enxergamos nesse futuro melhorias nas operações internas de instituições financeiras, capazes de reduzir riscos de operação e facilitar processos mais automatizados que consigam atuar na redução de custos em toda a cadeia operacional, eventualmente chegando até o usuário final", diz Luiz Fernando Lopes – Gerente Plataformas Digitais na TecBan.  

O relatório completo ‘Perspectivas do Drex: Uma Análise Institucional’ pode ser acessado no https://cloud.mkt.parfin.io/ReportDrex 

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